sexta-feira, 16 de março de 2012

Não à humanofobia


Vi essa imagem no facebook e achei de suma importância que a divulguemos e, mais do que isso, que todos nós lutemos contra qualquer pessoa que agrida outra, seja de forma física, psicológica ou moral. Antes de mais nada a agressão física é um recurso usado por aqueles que não têm a capacidade de expor suas idéias, de debater um assunto e, sem sombra de dúvidas, é o último recurso de uma pessoa totalmente ignorante, diante de uma situação ou de outra pessoa com a qual ela não concorda. Nada justifica uma agressão física, que é fruto de uma visão conturbada, cheia de sentimentos mesquinhos como o preconceito, a xenofobia, o racismo, que fazem com que o agressor se ache superior, quando na verdade ele é que causa vergonha aos outros seres humanos. A agressão é a única forma que muitas pessoas encontram para extravazar essa raiva que todos nós sentimos às vezes, acontece que nós, seres humanos normais, inteligentes, capazes de distinguir entre o certo e o errado, sabemos que a violência não é a melhor forma de lutarmos contra os nossos demônios, pelo contrário, é a violência que melhor os alimenta e os faz ficar mais fortes. Se toda vez que sofrermos uma injustiça, que formos ofendidos, que não concordarmos com algo ou com alguém, partirmos para a agressão, o mundo se tornará um lugar muito mais insuportável de se viver. Eu vivo em um país estranho, não há um dia que eu saia à rua e não seja vítima de preconceito por ser negro e por ser estrangeiro, antes eu me sentia péssimo por isso, mas hoje eu percebo o quanto eu precisei passar por tudo isso para aprender a controlar a minha raiva, já imaginaram o que teria acontecido se eu fosse agredir a todos eles pelas ofensas e pelo preconceito sofrido? Certamente eu não teria conhecido a maravilhosa sensação de saber, mesmo que seja comigo mesmo, o quanto eles se tornaram menores, ridículos e patéticos ao me julgarem e ao direcionarem o seu preconceito em minha direção, ou seja, aqueles que ofendem e agridem, seja de que maneira for, sempre saem perdendo, pois mostram o quão profunda e enraizada é a sua raiva por pessoas que, sendo de cor diferente, de religião diferente, de nacionalidade diferente, enfim, sendo diferente é, na verdade, igual a eles. Talvez venha daí o desejo de brigar, de agredir, de ofender, da certeza de que somos todos iguais e, portanto, ninguém é melhor do que ninguém. Talvez essa certeza, porém, faça com que essas pessoas se sintam tão inferiores a todas as outras pessoas que a ofensa, o preconceito e algum tipo de agressão seja a única forma de não se sentirem tão pequenas.  O mais importante é que a lei realmente puna pessoas que usem a violência como forma de diálogo e que nós deixemos de fechar os olhos, paremos de fingir que os problemas dos outros não são os nossos, deixemos de acreditar que quem é agredido mereceu de alguma forma, pois, nada, em hipótese alguma justifica que uma pessoa espanque outra, só porque ela é diferente e mais fraca. Vamos deixar de aceitar as injustiças como se elas só acontecessem no quintal do vizinho, pois todos nós podemos ser vítimas algum dia. Deixemos, portanto, de julgar as pessoas por serem diferentes, de criticar as opções que cada um toma em sua vida, vamos ser humanos e amar nossos semelhantes e, quando virmos atos de violência gratuita ao nosso lado, não vamos lavar as mãos como Pilatos, vamos elevar nossas vozes, vamos erguer nossos punhos, mas não para sermos violentos e sim para exigirmos que a humanofobia não se torne mais um dos males incuráveis da raça humana. Vamos lutar contra essa doença, pois um dia ela pode chegar também ao nosso quintal. Vamos dizer "não à humanofobia"!

4 comentários:

  1. De fato, a construção do futuro não raro exige uma drástica ruptura com o que foi e ainda permanece tão somente como ervas daninhas profundamente arraigadas na cultura de um povo. Mas como extirpar essas pragas? E o mais importante, que jardineiro o fará? Deixando de lado as metáforas: como dar um jeito na corrupção política e no jogo de “favores” tão comuns entre nós e de que há registro já no primeiro documento escrito em solo brasileiro, ou seja, na carta de Pero Vaz Caminha? Como acabar com o analfabetismo de fato e o analfabetismo funcional de que sofre a imensa maioria da população deste país, mas que serve muito bem aos interesses de políticos desonestos e líderes religiosos aproveitadores? Como pôr um fim na violência urbana e no poder do tráfico? Como dar um basta no absurdo índice de crimes praticados por causa de indiscutível homofobia neste país?

    Adorei seu artigo, vou postá-lo em meu blog, abração e um ótimo fim de semana...

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  2. Faça uma revisão no blog, tem alguma coisa deixando ele pesado, quando entro demora muito pra carregar as mensagens e pra serem enviados os comentários. Bjusss

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  3. É isso aí Andreia, você falou tudo, como sempre, rssssss. Obrigado pelos comentários e mais ainda por postar meu artigo no seu blog, fico super orgulhoso, rsssssss. Quanto à velocidade, estou tendo alguns problemas com o blog, mas já verifiquei e a velocidade está dentro da média normal, acho que estão fazendo algumas modificações, o que pode estar causando falhas na velocidade e em alguns aplicativos. Vou aguardar pra ver se o problema é causado por mudanças, se não for vou ver como resolver. Bejim

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    1. Pois é amigo, o google anda fazendo modificações e espero que não nos afete, qualquer coisa eu te conto, bjussss

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