FILMES





Filmes que ninguém deve perder:





16 de Janeiro de 2012


A Rede Social
EUA (2010)


                   Pensando de forma contrária à grande maioria da crítica ao filme "A Rede Social (The Social Network)" eu ouso dizer que não temos aqui uma grande produção cinematográfica. Embora o filme conte com um roteiro inteligente ,ele não conta com nada mais que isso, pois não existem grandes atuações, nem uma trilha sonora que impressione e nenhum tipo de efeito especial, seja visual, fotográfico ou qualquer outro.  No entanto, assim como eu, acho que todos querem saber a história do garoto Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg)  que após ser deixado pela namorada usa seus conhecimentos em informática para se vingar e, posteriormente, a partir da brincadeira, acaba por criar o maior site de relacionamentos do planeta e se torna um jovem bilionário.
                   O filme não é dos piores, mas nunca foi essa maravilha que a maioria diz merecer um óscar. Eu, particularmente, depois de ver o filme, perdi toda a admiração que tinha por Zuckerberg (infelizmente ele não vai perder o sono por isso, rssssss). Se o filme queria mostrar um jovem antipático, egocêntrico e aproveitador, pelo menos em mim conseguiu cumprir bem esse papel. Mark Zuckerberg vai viver na minha lembrança agora como o egoísta que roubou uma idéia espetacular de  outros rapazes, usou o melhor amigo até não precisar mais dele e lhe jogar para escanteio, e mesmo assim ficou bilionário. Infelizmente, esse é o retrato mais autêntico do que é o ser humano e nos obriga a mudar um pouco a frase que  faz referência ao filme: em vez de dizer "você não consegue 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos" deveria ser "você nunca vai ficar rico se não passar todos que conhece para trás." De qualquer forma, vale a pena ver "A Rede Social", se não para deixarmos de usar o Facebook, pelo menos para ficarmos sabendo quem, realmente, merece o mérito de tê-lo criado, os jovens ricos que tiveram a idéia, um grande amigo que investiu dinheiro na idéia quando ela ainda nem existia, ou o garoto que roubou a idéia e usou os seus conhecimentos para colocá-la em prática, sem se importar com as outras pessoas? Vale a pena ver, pensar no assunto e tirar suas próprias conclusões.






12 de Janeiro de 2012




O Curioso Caso de Benjamin Button
EUA (2008)


                   Charles Chaplin disse:  "A coisa mais injusta da vida é a maneira como ela termina...Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso". No filme "O curioso caso de Benjamin Button", é mais ou menos isso que acontece, embora Benjamin (Brad Pitt) não morra primeiro, ele nasce velho e vai rejuvenescendo com o passar dos anos. O filme é longo, mas é um daqueles filmes que vemos e nunca nos esquecemos, sempre ficará mesmo que seja apenas uma pequena parte em nossa memória (como Forrest Gump, Filadélfia, O resgate do soldado Ryan, E o Vento Levou, etc.). Sobretudo o filme narra a influência do tempo na vida de todos nós, como seria se vivêssemos ao contrário, se víssemos todos envelhecendo ao nosso redor, enquanto fizéssemos o caminho inverso?  
                  Benjamin nasceu com uma doença rara que o faz andar contra o tempo e esse é o drama principal do filme, a forma como ele encara e vive suas paixões e suas descobertas desde a velhice até a infância, um amor por Daisy (Cate Blanchett) que só acontece quando eles se encontram no meio da vida, quando ela caminha para a velhice enquanto ele se torna cada vez mais jovem.
                 Com uma maquiagem que caracteriza perfeitamente os efeitos do passar do tempo para os personagens, tornando real cada fase de suas vidas,  e ótimas atuações, "O curioso caso de Benjamin Button" é, sem dúvida, um filme emocionante que nos ensina muito sobre a forma de encarar a vida e a passagem dos anos, sobre o amor, sobre a importância de cada segundo que vivemos e sobre a influência de cada um deles em tudo o que nos acontece. Mais do que qualquer coisa, o filme nos ensina que não importa como ou onde vivemos, o mais importante é viver cada momento da melhor forma possível. Um filme que todos devem assistir.






04 de Janeiro de 2012



MELANCOLIA
Alemanha/ Dinamarca/ França/ Itália/ Suécia - 2011


                 É impossível falar do filme Melancolia (Melancholia), sem falar de "A Árvore da Vida", afinal os dois apresentam uma análise profunda da alma humana, têm fotografias belíssimas e uma trilha sonora fascinante, além disso os dois estiveram no Festival de Cannes de 2011, onde  "A Árvore da Vida" ganhou a Palma de Ourto e Kristen Dunst levou o prêmio de melhor atriz por Melancolia. Porém, também é impossível falar de Melancolia sem falar no  cineasta dinamarquês Lars Von Trier. Depois de filmes como o "Anticristo" onde Lars expõe toda a sua loucura e deixa o espectador sem saber o que pensar de sua obra, nesse Melancolia ele traça um ousado, complexo e profundamente verdadeiro perfil da alma humana. O filme se desenvolve em duas partes e, honra o nome, pois é melancólico do início ao fim. A primeira parte começa com cenas lindíssimas em câmera lenta que já nos alerta para o final inevitável do filme. Ou seja, Von Trier deixa claro o que vai acontecer e sua magia consiste em mostrar o comportamento indivudual das pessoas diante da notícia de que o mundo está prestes a ser destruído. A partir daí o filme passa a mostrar as reações de Justine (Kristen Dunst), uma noiva deprimida  que se casa ao mesmo tempo em que um planeta se aproxima da terra e de sua irmã Claire (Charlotte Gainsbourg), que se encontra aterrorizada com o facto de que a terra será destruída em poucas horas e sua família, inclusive seu filho, terá a vida interrompida. Von Trier tem o dom de expor o sentimento das pessoas da forma mais verdadeira possível, através de imagens impressionantes, de diálogos aparentemente sem sentido, de sons que dizem tudo e nada ao mesmo tempo e é isso que ele faz durante todo o filme. Melancolia é mais um filme cult que você pode amar ou odiar, ou os dois ao mesmo tempo. A verdade é que eu vi o filme e tive pesadelos com o fim do mundo, pois a angústia que me passou a idéia de que o mundo poderia acabar continuou comigo depois do filme, a mesma angústia que me assaltou de repente na segunda parte do filme quando eu percebi que o fim era mesmo inevitável.
                Melancolia é mais um daqueles filmes que se deve ver sozinho, com calma e com os sentimentos descobertos, mais um filme para pensarmos e avaliarmos nosso comportamento diante de temores terríveis e de catástrofes imprevisíveis.








1º de Janeiro de 2012


 
A Árvore da Vida
EUA - 2011

                          A Árvore da Vida (The Tree of Life) de Terrence Malick é um daqueles filmes que você vê e não sabe se gostou, amou ou odiou. É um filme extremamente cult e não foi feito pra ser apenas visto, é preciso sentir plenamente a complexidade do filme e depois absorvê-la. Se você pretende passar uma tarde relaxado vendo um filme divertido, não é aconselhável ver esse, pois pra ser sincero, o filme chega a ser um pouco cansativo, mas se a intenção é refletir sobre a vida e sobre a existência humana, vale a pena, mesmo porque, provavelmente o filme vai estar em discussão nas rodas sociais durante muito tempo e deve-se assistir nem que seja para se ter uma opinião sobre o assunto. A Árvore da Vida aborda a vida familiar, os conflitos entre pai e filho, a luta interna de um filho que se sente oprimido por um pai austero e autoritário, a  fé e a relação humana, de uma forma complexa e às vezes incompreensível. O ideal é assistirmos duas vezes, mesmo que se tenha odiado da primeira, é bem possível que em uma segunda análise possamos captar toda a essência que ele transmite e entendamos o quão pequenos nós somos diante de todas as criações de Deus. O ponto principal do filme "A Árvore da Vida" é exatamente  a percepção da existência de um Deus que criou um universo inteiro antes de nos criar e que nos dá tudo, mas também pode nos tirar o que nós temos de mais precioso. Além de toda essa complexidade o filme conta ainda com uma fotografia magnífica e uma trilha sonora de extremo bom gosto, as atuações não são espetaculares, talvez porque o filme não dê margem para isso, mas cumprem o seu papel em um filme que não tem a função de nos entreter, mas sim de nos colocar diante de grandes questões filosóficas e existenciais, nos fazendo refletir sobre a vida, sobre a morte e sobre nossa humilde condição de seres humanos.
                     

                   

20 de Dezembro de 2011

O silêncio de Melinda (Speak)
EUA - 2004


                          O filme "O silêncio de Melinda" é uma adaptação do romance "Speak", de Laurie Halse Anderson, e narra a trajetória de uma garota tímida e introvertida ao iniciar o novo ano escolar. Melinda (Kristen Stewart - Saga Crepúsculo) possui um mundo particular e pessoal, quase não fala e não tem amigos, o que, por si só, faria dela uma vítima ideal para bulling na escola, entretanto, além disso as ex amigas a odeiam, tudo porque Melinda chamou a polícia durante uma festa no ano anterior, quando ainda eram amigas. Agora Melinda vive, praticamente, no silêncio e esconde de todos, inclusive dos pais, o motivo que a levou a chamar a polícia naquela noite, a garota fora estuprada por um dos rapazes mais populares da escola e atual namorado de sua ex melhor amiga. Os acontecimentos da festa são mostrados através de flash-backs, mas desde o início é possível prever o que aconteceria.
               O Silêncio de Melinda é um filme adolescente, com vários clichês e não chega a nos emocionar, mas é leve e ao mesmo tempo denso, bem construído e eu diria que um pouco intrigante.            
              Vale a pena assistir, principalmente pela atuação de Kristen Stewart e pelo tema abordado que é a falta de denúncias por parte das vítimas de estupro que, geralmente, preferem adotar o silêncio e conviver com a dor e a vergonha da humilhação pela qual passaram. Fica o alerta para que as vítimas desse ato imperdoável saibam que falar com alguém de confiança sobre esse crime é sempre a melhor forma de punir os culpados e continuar a ter uma vida normal e saudável.




 


Doce Vingança (I Spit On Your Grave)
EUA - 2010

                      Assistir um bom filme ainda é uma das melhores formas de prazer que existe, quem não gosta de fazer uma boa pipoca, entrar debaixo do edredon e passar horas a ver filmes? Nesse espaço eu não vou sugerir apenas filmes que estejam em cartaz nos cinemas, mesmo porque eu acho que as produções cinematográficas estão um pouco decadentes ultimamente, portanto, vou sugerir filmes que podem ser novos ou não, mas que sejam interessantes.
                       Eu sei que eu deveria começar com um filme leve, uma comédia romântica talvez, mas eu sou fã incondicional dos filmes de terror e suspense; é verdade que nem todas as pessoas gostam desse gênero de filmes, mas de vez em quando, não é divertido ver um daqueles filmes que nos fazem ficar arrepiados, tapar os olhos e, muitas vezes, perder o sono? Bem, no meu caso isso já não funciona mais, é difícil um filme que me assuste, mesmo porque eu acho que a vida real é mais assustadora do que os filmes.
                    Eu gosto de ver esse gênero de filme sozinho, mas é bem divertido ver com amigos, principalmente com aqueles que morrem de medo até mesmo de uma simples barata, geralmente, são amigas nesse caso, rsssss.
                     Doce Vingança (I Spit On Your Grave) foi produzido em 2010, mas na verdade é uma refilmagem do clássico de terror  A Vingança de Jennifer, de 1978, e por isso contém elementos clássicos dessa época, naturalmente, com uma roupagem moderna e intrigante que,  vai fazer a alegria de quem gosta de filmes violentos.
                    O filme conta a história de Jennifer Hills (Sarah Butler), uma jovem escritora  que sai da cidade grande e vai para uma cabana no meio da floresta com o intuito de ter tranquilidade para escrever seu próximo livro. A presença da jovem na pequena cidade vizinha chama a atenção de quatro jovens assim que ela para  para abastecer o carro. Posteriormente ela é estuprada, violentada e humilhada, profundamente,  pelos rapazes. Sem forças para reagir e à beira da morte Jennifer se joga no rio e desaparece. Os jovens ainda a procuram durante quatro dias, sem sucesso, pensam que ela está morta, mal sabem eles que Jennifer vai retornar mais viva do que nunca para colocar em prática um violento e sangrento plano de vingança. 
                    Se todos nós já tivemos vontade de usar a vingança como punição para as injustiças que nos acontecem, imaginem então, com que prazer Jennifer coloca em prática o seu plano.
                    É um filme forte, intrigante e intenso, que eu recomendo. Vejam e, se não gostarem, podem se vingar em alguém, desde que esse alguém não seja eu, se for, por favor, peguem leve.
                   Assistam o filme e divirtam-se, mas lembrem-se: um sorriso verdadeiro é a melhor vingança em qualquer situação.
                   Vejam abaixo o Trailer do filme Doce Vingança (I Spit On Your Grave):








              

2 comentários:

  1. Doce vingança eu assisti e fiquei assustada uns 3 dias. Um expetáculo.
    Recomendo.
    Árvore da vida, comecei mas nã terminei, me senti enfada, vou tentar vê-lo em outro momento.
    O silêncio de Melinda ainda desconheço.

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  2. Doce Vingança é realmente muito legal, realmente é doce, rssssss. Veja o silêncio de Melinda, é bonzinho. Preciso arranjar tempo para postar mais alguns, como vejo muito de terror não tenho como postar, senão fica chato postar só de um estilo, mas vou ver outros e posto.

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